O município de Mondaí enfrenta um expressivo aumento nos casos de Influenza, doença viral que tem gerado preocupação aos profissionais da saúde. Até o momento, já foram registrados 1.090 atendimentos relacionados à Influenza na rede municipal de saúde, número que reforça o alerta sobre a circulação intensa do vírus na região.
Conforme a diretora de saúde, Núria Inês Karling Rodrigues, além do elevado número de atendimentos, a baixa cobertura vacinal é um fator que contribui para o agravamento do cenário. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, apenas 49,20% do público-alvo foi vacinado até agora, bem abaixo da meta estabelecida que é de 90%. O público prioritário inclui idosos, gestantes e crianças, grupos considerados mais vulneráveis às complicações da doença.
De acordo com Carlise Krein, enfermeira da vigilância epidemiológica, a vacina contra a Influenza é atualizada anualmente para proteger contra as cepas mais comuns em circulação. Ela não causa gripe e é segura e eficaz, reduzindo significativamente as chances de desenvolver formas graves da doença, internações e até óbitos. “A vacinação é a principal forma de prevenção e, especialmente para os grupos de risco, ela pode ser decisiva para evitar complicações respiratórias sérias, como pneumonia ou agravamento de doenças crônicas”.
Sobre a Influenza
A influenza, conhecida como gripe, é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior importância clínica. Estima-se que, em média, o tipo A causa 75% das infecções, mas em algumas temporadas, ocorre predomínio do tipo B. Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais e, também, por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas. Em geral, essas são associadas ao aumento das taxas de hospitalização e de mortes por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam doenças crônicas e fatores de risco. O vírus C raramente causa doença grave.
O vírus é transmitido a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver algumas horas em diversas superfícies tocadas frequentemente, de madeira, aço e tecidos. A partir do contato com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesões pulmonares, que podem ser graves e até fatais, se não tratadas a tempo. Os vírus influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se principalmente no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão. A transmissão ocorre principalmente em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semifechados. Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes.
Sinais e Sintomas
Febre alta, calafrios, tosse, que pode ser seca ou com expectoração, dor de cabeça, Dor de garganta, cansaço, dor muscular e coriza. Pessoas de todas as idades são susceptíveis à infecção pelo vírus influenza. Porém, a evolução geralmente tem resolução espontânea em sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. Alguns casos podem evoluir com complicações. As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por outros vírus, sinusite, otite e desidratação. Alguns indivíduos estão mais propensos a desenvolverem complicações graves, especialmente aqueles com condições e fatores de risco para agravamento, entre esses: gestantes, adultos com idade maior que 60 anos, crianças com idade menor que dois anos e indivíduos que apresentem doença crônica, especialmente doença respiratória crônica, cardiopatia, obesidade, diabetes descompensada, Síndrome de Down e imunossupressão e imunodepressão.
