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    Amor que renasce na dor: a história de uma mãe por escolha e coração

    Por Jocelâyne Bauer

    Neste Dia das Mães, contamos a história emocionante de uma mulher, dona Zani, que viu seu mundo mudar por completo com a chegada de um novo membro à família — não como planejado, mas como a vida impôs com força e delicadeza. Quando sua irmã não resistiu as complicações no pós-parto, coube a ela transformar o luto em amor. Assumiu o papel de mãe do pequeno, que antes seria apenas seu afilhado, e fez do seu colo um novo lar. Uma trajetória marcada por coragem, vínculo familiar e um amor que ultrapassa os laços de sangue para florescer como um verdadeiro ato de maternidade.

                A história de dona Zani, começa com sua irmã Maria Luiza, estando grávida, vindo lhe convidar para que ela e seu esposo, fossem os padrinhos do seu filho, seu primeiro menino, o qual era o seu sonho, após as filhas meninas. “Ela veio na nossa casa, nos convidar para sermos padrinhos, veio feliz dizendo que nós seríamos os primeiros padrinhos do neném”, se recorda.

                Tudo estava indo bem, Maria Luiza até havia pedido emprestado o berço utilizado pelo casal, Maria Luiza, optou pela cesárea pois iria juntamente ao procedimento, fazer laqueadura, marcada para o dia 10 de janeiro, porém, acabou adquirindo infecção hospitalar.  “Primeiro, foi nossa mãe cuidar ela, no primeiro dia após o neném ter nascido, e no segundo dia, era eu, lembro que cheguei lá, levei um cachinho de uva, e ela estava desanimada, e tudo o que ela queria, era um filho menino, até brinquei com ela, que se ela não queria o neném, eu levaria pra mim, mas na verdade ela já estava com a infecção de tétano”. Dona Zani conta que, chamou o médico, e resolveram encaminhar ela para Chapecó, o pedido da irmã foi: ‘Cuida bem do neném’. Em Chapecó, reabriram a cirurgia da cesárea, mas foi tarde demais, no dia 12 de janeiro, ela faleceu, aos 38 anos de idade.  

                Dona Zani conta, que no primeiro momento, não soube o que pensar, e no que fazer, pediu ajuda para a sua mãe, que na época, com 60 anos, disse-lhe que não tinha condições de cuidar. Já ao pai do bebê, este ficou responsável pelas três filhas meninas que também ainda eram crianças, impossibilitando de ficar com o recém-nascido também. Foi ali, em meio ao luto e amor, dona Zani, com 27 anos, juntamente com seu marido Vilson Cristófoli, com 32, no qual já tinham dois filhos, assumiram a criança, com o nome dado pela própria mãe, Luiz Henrique Goldbeck.

                O casal se recorda, que o casal tinha uma casinha pequena de madeira, o qual dividiam com os dois filhos pequenos, os filhos do casal dormiam em um beliche, e o bercinho, foi trazido de volta para que ficasse ao lado da cama do casal. “Nós não pedimos nada para ninguém, fizemos tudo por amor, e com isso, conseguimos crescer na vida, vivíamos da agricultura, plantávamos fumo, conseguimos comprar um carro, e com o tempo, construir uma casa melhor. Ainda, o casal lembra que os primeiros cinco anos foram os mais difíceis, pois o pequeno Luiz sofria com bronquite asmática, e por diversas vezes, dona Zani ia de a pé até o asfalto para pegar o ônibus para ir ao hospital, com a criança medindo 40 graus de febre.

                Seu Vilson e dona Zani, relatam que assim que Luiz começou a ir na escola, e a ter entendimento, contaram para ele sobre sua mãe. O casal relata que sempre prezaram pelo menino, ensinando o correto. Luiz fez a catequese e primeira comunhão na Igreja Católica, onde é atuante. Luiz atualmente tem 36 anos.

                O casal ainda destaca que passaram por muitos momentos difíceis, pois quando o casal está planejado para receber um filho, já possui uma preparação antecipada. “A gente não estava preparado, os nossos filhos, criamos amamentando, e quando o Luiz chegou, não sabíamos direito o que fazer, o medo era de como íamos criar ele”. Zani complementa que tratava o pequeno com leite de vaca, na qual o leite era de uma vaca especifica, somente para o pequeno, colocando água de arroz para que o leite não ficasse tão forte. 

    Questionados sobre se fossem voltar há 36 anos atrás, ambos confirmaram que fariam tudo novamente. “Hoje só temos a agradecer porque ganhamos um presente de Deus, eu sou muito grata por isso, a lição que tenho pra minha vida, é que se fazermos o bem, Deus é generoso.”

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