Na quarta-feira, 20, na capital catarinense, o deputado Altair Silva, do Progressistas, reuniu representantes dos municípios localizados próximos a Usina Hidroelétrica Foz do Chapecó. A comitiva contou com lideranças de São Carlos, Mondaí, Caibi, Palmitos e Águas de Chapecó, que participaram de encontros no Ibama, no Centro Administrativo da Foz do Chapecó e no Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Fizeram parte da comitiva o prefeito de Águas de Chapecó, Oscar Barella; o vice-prefeito de São Carlos, Djeovan Marlon Brutscher; a prefeita de Palmitos, Giovana Giacomolli; o prefeito de Caibi, Éder Picoli; o prefeito de Mondaí, Elizandro Mainardi; além do presidente da Câmara de Palmitos, vereador Daian Rodrigo Boeck; da presidente da Câmara de Caibi, vereadora Edimara Terezinha Conte Portes; e do vereador de Caibi, Zelindo Cason.
Durante as reuniões, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários apresentaram os principais problemas enfrentados pelas comunidades da região, entre eles as enchentes recorrentes, o desaparecimento dos peixes — que tem reduzido significativamente o número de pescadores — e a proliferação da marrequinha (macrófita aquática), responsável por prejuízos econômicos e doenças em moradores próximos ao rio.
Em conversa com a presidente da Câmara de Vereadores de Caibi, vereadora Edimara Terezinha Conte Portes, destacou que foi um dia de muito aprendizado, de esclarecimento e de questionamento. “Sentimos que precisamos ir à frente. Precisamos mexer com os deputados federais para também ser visto isso. Saímos do Ibama positivos também, porque eles irão fazer um estudo, irão se deslocar, estar vendo a questão do pescado”. Relata também sobre a Foz de Chapecó. “É de nosso conhecimento que eles fazem toda essa recuperação, que eles soltam as espécies de peixes ali próximo da barragem. Só que esses peixes não estão conseguindo se reproduzir e não existem, ou eles são pescados em uma margem, mas no decorrer do Rio Uruguai, os peixes não existem mais. Então, uma coisa, o que eles nos disseram lá? Que nós precisamos lutar, porque há estudo, sim, de se fazer mais barragens no Rio Chapecó, e aí eles nos deram um alerta”.
Edimara ressalta que outro ponto destacado na reunião, se refere as marrequinhas. “Eles nos informaram que as marequinhas é um problema para eles também, para a própria usina, isso causa um dano irreversível. Eles nos falaram, que colocaram até fios de aço antes de chegar na usina para conter, porque eles também não estão sabendo o que fazer para conter. Mas aí tem os vândalos, e as pessoas vão lá e rompem os fios de aço, e aí acabam vindo e se proliferando mais. E nos falaram o seguinte, se as marequinhas estão se proliferando, é porque está tendo dejetos no rio, a gente tem a matéria orgânica, tem os dejetos de suíno que são jogados nas lavouras, e aí as marequinhas vêm, e por isso que elas ficam mais nas águas paradas. Mas é uma luta da usina Foz de Chapecó, é uma luta do Ibama e do IMA também.”
Para finalizar, Edimara declara que irão buscar mais ações para lutar pela situação. “Nós vamos agora à frente, nos colocaram vários pontos importantes para se seguir, é importante nós conversamos e entrarmos em contato com deputados federais, deputados estaduais, que são aqui da bancada do Oeste, e fazer uma audiência pública, precisamos movimentar, porque se nós não fizermos esse movimento, corre o risco de talvez a gente ter problemas ainda mais sérios”.
